Oposição denuncia compra de voto da prefeita de Lençóis
A prefeita de Lençóis, Vanessa Senna (PSD), deve enfrentar na Justiça Eleitoral uma denúncia de compra de votos que está sendo preparada pelos partidos de oposição. Ela é acusada de oferecer vantagem financeira em troca de apoio a um pré-candidato a vereador.
A denúncia veio à tona, neste final de semana, após o vazamento de áudios em um aplicativo de troca de mensagens. Em uma das conversas, o próprio pré-candidato a vereador, Neto Peteka (Avante), admite o assédio da prefeita de lençóis e a promessa de vantagens.
“As coisas acontecem, né. Pois aconteceu, sim. Ela [prefeita Vanessa Senna] me pediu para conversar com ela (…), eu fui e conversei. Ela me fez uma proposta boa de trabalho, um bom salário, entendeu. Se comprometeu em ajudar a consertar a minha casa antes da eleição, entendeu. Terminar a casa junto comigo, me dá aquela força”, confessou o próprio pré-candidato.
GRUPO DE WHATSAPP
Neto Peteka é filiado ao partido Avante. Ele deveria disputar às eleições de outubro, mas desistiu da candidatura para apoiar outro nome, indicado pela prefeita Vanessa Senna. Após o vazamento e divulgação dos áudios, Neto Peteka saiu do grupo formado pelos pré-candidatos.
Além dos áudios em aplicativo de mensagens, Neto Peteka também aparece em um post nas redes sociais da prefeita de Lençóis, após firmar o acordo para desistir da pré-candidatura e apoiar Acácio Sá, nome indicado por ela.
Esse tipo de conduta, segundo a Justiça Eleitoral, se comprovada, é caracteriza como corrupção eleitoral. Ele se materializa em dar, oferecer, promoter, solicitar ou receber dinheiro, dádiva ou qualquer vantagem para obter ou dar voto. Tanto a compra como a venda do voto são consideradas crimes eleitorais, com pena de prisão por até 4 anos e multa. O candidato também pode ter o registro ou o diploma cassados.