Valença vive um cenário como na Guerra da Ucrânia
Crateras que mais parecem que houve um bombardeio na cidade. Ou seria o Império Romano?
Um encarregado da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Valença tem falado constantemente na rádio pra dar justificativas em meio a uma enxurrada de críticas e ligações dos ouvintes sobre a buraqueira na cidade toda. Ele chega a descrever os poucos equipamentos disponíveis, reclama de não ter estrutura e materiais suficientes.
O funcionário da Prefeitura liga e expõe a própria gestão, citando-a na terceira pessoa, reclamando que não tem veículos à disposição e que a execução dos serviços tem sido interrompida constantemente por falta de material. Se o próprio funcionário vai pra rádio e manda recado, fica claro que eles não dialogam internamente.
Ao ouvir os relatos desse servidor, que tem exposto os problemas, assim como os ouvintes fazem, e criticado escancaradamente o prefeito, fica claro que há um descompasso total.
Se não há fluxo de trabalho funcionando, a quem interessa manter desse jeito? Vemos um círculo vicioso em que o povo, insatisfeito, reclama, e a SEINFRA, por sua vez, que também se diz “insatisfeita”, também reclama e por aí vai.
Essa narrativa de um suposto boicote sofrido tem se destacado. Por um lado, a Seinfra diz que não consegue avançar, acusa de não ter autonomia, sendo a Secretaria responsável por ouvir e atender as maiores queixas dos valencianos, mas não tem “a senha” para desenvolver o trabalho.
O buraco sem fundo e sem fim segue firme seu curso e a cidade, cheia de crateras, sem planejamento estratégico, lembra as cenas de destruição da guerra na Ucrânia.
Ou seria o Império Romano – que não precisou de adversários externos para ruir – onde ocorreu uma espécie de auto-destruição em que, eles mesmos, internamente, se digladiaram e se acabaram.
Como diz os mais otimistas, ainda dá tempo de atender as demandas que o povo tanto reclama. Só precisam se articular, cada um fazer a sua parte e ninguém, de dentro, atrapalhar.
O real tá rolando!!