2 de dezembro de 2024

30 de janeiro de 2024

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Vaca magra é exposta em frente à Bolsa de Valores de SP, no lugar do “Touro de Ouro”

A obra faz parte do acervo de peças criadas pela pintora e escultora cearense Márcia Pinheiro.

 

Sai escurraçado e envergonhado o touro dourado, forte, imponente, com aparência indestrutível; entra a vaca amarela com aparência frágil, esminlinguida, mas impactante. 

Entre uma réplica feita em fibra de vidro do Touro de Wall Street, instalação em bronze no distrito financeiro de Nova York, nos Estados Unidos e um representação dos famintos no Brasil. Que mensagem será a mais ouvida? 

Por Luana Figueiredo

Depois do “Touro de Ouro” instalado na porta da Bolsa de Valores em São Paulo (resultado de parceria com o economista e apresentador Pablo Spyer e o artista plástico Rafael Brancatelli), alvo de vários protestos e intervenções, agora uma outra escultura foi instalada no local. A obra “Vaca Magra”, da artista nordestina Márcia Pinheiro, faz parte da intervenção de cunho social desenvolvida pela artista em manifestação contra a fome.

Uma vaca amarela e desvalida amanheceu em frente ao prédio da BOVESPA, na rua XV de Novembro, no Centro da capital paulista, numa espécie de protesto contra a escultura anterior, o Touro de Ouro, chamado de B3, que havia sido instalada antes como símbolo de “prosperidade e poder”, imitando Charging Bull, de Wall Street  numa cópia não muito fidedigna. 

“Com o objetivo de valorizar o desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil”, disse o CEO da Bolsa, desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil, em novembro desse ano, quando o movimento foi erguido no local. A intenção era de que a estátua se tornasse uma atração turística para visitação, mas ela acabou se tornando alvo de piadas, críticas e memes, sendo retirada e multada pela Prefeitura por falta de licença.

Já a artista do Ceará, com a “Vaca Magra”, quis fazer uma crítica social sobre a desigualdade,  expondo à cúpula do “mercado” o retrato da realidade do país e alertar para os problemas da seca do Nordeste.

“‘Vacas Magras’ é uma intervenção urbana composta de dez esculturas com forma de vacas esqueléticas em tamanho real. Idealizada em 2011, tem como objetivo chamar atenção para as consequências da seca do Nordeste com foco, principalmente, na última estiagem de chuvas que ocorreu entre 2011 e 2018”, disse a artista nas redes sociais no início de novembro.

 

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