Júri Popular do caso João Coutinho Silveira acontece nesta terça-feira (18)
Assassinos do jovem de 19 anos serão julgados após quase 3 anos do crime, no Fórum Gonçalo Porto, em Valença.
O julgamento do homicídio de João Victor Coutinho Silveira está marcado para a próxima terça-feira (18), a partir das 9 horas da manhã, no Tribunal do Júri no Fórum Gonçalo Porto, em Valença.
O crime ocorreu em 2022, quando a vítima foi encontrada na manhã do dia 16 de agosto sem vida na Rua Júlia Petit, no bairro Tento, dentro de uma embarcação, em frente à Igreja de São Pedro.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado da Bahia, os réus Iago Almeida Ribeiro, Anderson Gabriel Ferreira Pereira, conhecido como “China”, e Lucas Nascimento dos Santos, conhecido como “Luquinhas” ou “Fantasma Preto”, estão sendo acusados de homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, sendo ocasionado numa emboscada, sem possibilidade de defesa da vítima. Ou seja, há indícios de morte planejada pelos assassinos.
A investigação indica que João Victor foi assassinado na noite de 15 de agosto de 2022, com tiros de arma de fogo no tórax e na cabeça, de forma covarde e de surpresa. Testemunhas relataram ter visto os suspeitos fugindo do local logo após os disparos e que ele foi atraído pelos matadores.
O processo tramitou e, após a apresentação das provas e da denúncia formal, houve a decretação da prisão preventiva dos três acusados. O réu Anderson Gabriel Ferreira Pereira encontra-se detido no Conjunto Penal de Itabuna.
O tribunal também apontou a intimação, através do Ministério Público, para apresentação do rol de testemunhas e dos jurados sorteados.
O julgamento será acompanhado por forte esquema de segurança, incluindo a presença da Polícia Militar para garantir a ordem na sessão.
Familiares e amigos da vítima convocaram a população para comparecer ao julgamento em um ato de solidariedade e busca por justiça. João não tinha nada que desabonasse sua conduta. Era considerado uma pessoa idônea e tranquila.
A sessão será realizada na 1ª Vara Criminal da Comarca de Valença, sob a condução do juiz Diogo Souza Costa. O desfecho do julgamento definirá a responsabilização dos acusados e trará uma resposta judicial para o caso que abalou a comunidade valenciana.
João era um jovem pacato, bem criado, morador do bairro do Tento, de família conhecida na cidade e que tinha perfil pacífico. Um menino amigável, sem registros de episódios violentos durante a sua vida e sem antecedentes criminais.
Com histórico de depressão, João estava em uma fase de tristeza profunda, mas em tratamento, buscando se reerguer emocionalmente. Quando saiu de casa para se distrair, foi surpreendido com a cilada fatal que ceifou a sua vida.
A família dele mobilizou amigos e parentes para estar presente durante todo o julgamento.