Jerônimo inaugura Delegacia Territorial e outras obras em Aratuípe e prestigia Festival de Cerâmica de Maragogipinho
Governador estará no Baixo Sul nesta sexta-feira (17/11).
Na sexta-feira (17), às 14h30, o governador Jerônimo Rodrigues cumpre agenda no município de Aratuípe, Baixo Sul do Estado, onde entrega obras de pavimentação em trechos das rodovias BA- 066 e BA-001, e inaugura uma unidade conjugada de Delegacia Territorial e Pelotão da Polícia Militar.
Ainda na cidade, Jerônimo vai prestigiar a abertura oficial do Festival de Cerâmica de Maragogipinho, realizado na Praça da Matriz, juntamente com a Feira de Artesanato da Bahia e a Feira Gastronômica, incluindo shows musicais. O Festival é considerado um tributo à rica herança da cerâmica artesanal, e tem como objetivo apoiar artesãos locais e impulsionar a economia local.
Festival da Cerâmica Maragogipinho: parceria estatal fomenta cultura e economia local
De 13 a 19 de novembro, o Festival da Cerâmica em Maragogipinho, distrito de Aratuípe, reúne artesãos, lojistas, oleiros e autoridades em celebração à produção artesanal, legada por mestres e artesãos locais há séculos. O evento terá uma caravana de cadastramento de artesãos, espaços de comercialização e exposição, além de oportunidades de negócios, como rodadas, painéis e oficinas de capacitação. A programação musical inclui shows de Roberto Mendes, Jau, Sued Nunes e Lenine.
O festival é um marco para Maragogipinho, conhecido como o maior polo ceramista da América Latina, com cerca de 150 olarias. A partir deste ano, o evento irá se tornar parte do calendário cultural da Bahia, resultado de um investimento de R$ 900 mil do Governo da Bahia, através do Programa Artesanato da Bahia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e das secretarias de Cultura (Secult) e Turismo (Setur), da Prefeitura de Aratuípe e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Para o artesão Adélio Prado, o festival é essencial não apenas para a cerâmica, mas para preservar a herança cultural transmitida de geração em geração.
“É uma bênção para nós, oleiros de Maragogipinho, e para a história de nossa amada localidade. Somos guardiões de uma tradição que atravessa séculos, uma herança que aprendemos com nossos antepassados. A cerâmica que produzimos não é apenas argila moldada; é a essência de nossa cultura e identidade”.
Juremar Oliveira, secretário em exercício da Setre, destaca o papel do festival em incentivar o trabalho dos mestres e artesãos de Maragogipinho.
“Oferecendo destaque para a exposição e venda de suas obras, valorizamos suas habilidades, criatividade e contribuímos para a perpetuação desse patrimônio cultural. Além disso, o festival impulsiona a economia local e reconhece o valor do trabalho desses mestres e artesãos, incentivando-os a aprimorar técnicas e criar peças únicas que encantam a todos”.
O objetivo central do festival é apoiar artesãos locais, proporcionando um espaço direto para a venda de suas peças de cerâmica, estimulando a economia local, gerando renda, preservando tradições culturais e reunindo artistas de municípios que integram a Rota Artesanal Boi Bilha
Durante o evento, será apresentado um mapa interativo que fornece informações detalhadas sobre olarias e produção de cerâmica da região, acessível por meio de um QR code. Esse recurso é valioso para divulgar o artesanato local, destacando a diversidade de estilos e técnicas disponíveis.
Os visitantes poderão adquirir peças como louças de barro, potes, talhas, boi-bilhas, panelas, vasos, pratos, corbélias, esculturas e moringas, com influências indígenas, geométricas e florais, criadas com pintura artesanal em tauá, pigmento natural de argila em vermelho e tabatinga de tom branco.
Tradição
Localizado a 71 quilômetros de Salvador pela BR-101, Maragogipinho é um distrito famoso por sua tradição ceramista, com a maioria dos habitantes envolvidos na produção artesanal. Dezenas de olarias locais contribuem para uma produção contínua de cerâmica, herança familiar que atravessa gerações. O processo de modelagem manual foi aprimorado com o uso de tornos manuais e elétricos, bem como o emprego de moldes, elevando a técnica ancestral a novos patamares.
Repórter Tácio Santos/GOVBA