Delegacia de Teolândia em estado precário
Polícia Civil esclarece sobre denúncia do Sindicato de venda do imóvel alugado.
Esta semana, o Sindipoc (Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia) divulgou um vídeo na página do Facebook da entidade em que denuncia a situação da Delegacia do município de Teolândia.
Na publicação, Eustácio Lopes, presidente do Sindipoc, mostra o imóvel aonde funciona a Delegacia de Teolândia com uma placa de venda afixada na porta. Ele ainda diz que a Polícia Civil seria despejada do local, reclama sobre o efetivo insuficiente para realizar as diligências e informa que a Prefeitura Municipal cedeu funcionários para manter a rotina que se limita a registrar Boletins de Ocorrência. “Esse é o retrato da maioria das cidades da Bahia”, lamentou Lopes.
Dentro do pequeno espaço, segundo a postagem, não há internet, o computador foi doado pelo comércio e o Governo do Estado não vem dando condições básicas de funcionamento.
No vídeo, o imóvel apresenta estrutura deteriorada, rachaduras, telhado em péssimo estado com proliferação de cupins e paredes úmidas apresentando aparência com mofo, num ambiente insalubre cheio de sucatas amontoadas num depósito ao fundo.
Em contato com a nossa redação, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP) retornou que “existe um planejamento para reformas parciais ou totais, nas estruturas da Polícia Civil. Acrescenta que aguarda liberação de recursos para iniciar licitação”.
Ocorre que, por se tratar de um imóvel alugado, a referida delegacia não deve fazer parte desse planejamento.
Já a assesoria da comunicação da Polícia Civil enviou:
“A Polícia Civil esclarece que a placa de venda colocada, de forma equivocada, pela proprietária do imóvel onde funciona a Delegacia Territorial (DT), de Teolândia, já foi retirada. A unidade continua funcionando normalmente e conta com apoio de efetivo da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Valença)”.
Confira o texto escrito pelo Sindicato:
“O imóvel onde devia funcionar o trabalho dos policiais civis da cidade de Teolândia está com uma placa escrita “vende-se” pendurada. Isso porque não há investigadores, escrivães, nem delegados no município para atender a população.
Os responsáveis por escutar e registrar denúncias, são os funcionários da prefeitura, contudo, não há investigação de casos. Na unidade, não há internet e os computadores foram cedidos pelo comércio.
Além disso, a delegacia está em péssimas condições, com tetos quebrados, mofo e rachaduras nas paredes, infestação de cupins (que deixam a estrutura do telhado deteriorada), falta de iluminação em algumas salas e um depósito com diversas motos velhas amontoadas, que podem levar a chegada de ratos e baratas, trazendo problemas de saúde aos cidadãos que vão ao local fazer denúncias e aos funcionários que prestam apoio no local.
O SINDPOC jamais deixará de lutar pela nomeação dos concursados da turma de 2018 e do curso de formação de 2009. Com tantas delegacias necessitando de escrivães e investigadores, onde está a nomeação dos policiais que há anos esperam pelo início do seu trabalho? Onde está a preocupação com a população pregada pelo Governo do Estado? Os cidadãos baianos precisam de proteção, os policiais concursados precisam começar a cumprir suas funções e os servidores necessitam ter um trabalho digno!”
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