Candidato em situação controversa: manobra eleitoral engana eleitores com falsa esperança
Com registro de candidatura indeferido, Isravan Barcelos mantém campanha em Maraú sem aptidão eleitoral para concorrer.
Nos últimos dias, a comunidade de Maraú tem observado com perplexidade a postura adotada pelo candidato Isravan, popularmente apelidado de “Dr. Mentira”.
Mesmo ciente de sua inelegibilidade, o candidato continua a sustentar sua campanha, criando expectativas entre seus eleitores, que desconhecem as barreiras legais que o impedem de prosseguir na disputa.
Desde o início, a candidatura de Isravan esteve sob escrutínio. A Justiça Eleitoral, cumprindo seu papel de zelar pela integridade do processo democrático, já declarou a inelegibilidade do candidato através da impugnação de seu registro. Essa decisão, que deveria ser suficiente para encerrar a disputa, não foi para deter o candidato, que optou por prolongar a situação.
A estratégia adotada por Isravan não é inédita no cenário político brasileiro. Casos semelhantes já foram observados em outros municípios, onde candidatos mantêm suas campanhas até o último instante, apenas para, às vésperas do pleito, renunciar ou serem substituídos por outra pessoa indicada pelo grupo político. Essa prática, além de frustrar a população, cria um ambiente de desconfiança e contribui para o desgaste da credibilidade do processo eleitoral.
A continuidade da campanha de um candidato inelegível não apenas desrespeita a legislação, mas também engana os eleitores, que acreditam estar apoiando um candidato com chances reais de vitória. Essa manobra pode ser interpretada como uma tentativa de manipular a opinião pública e assegurar apoio até o último momento possível, apenas para, no final, realizar uma troca abrupta que deixa os eleitores sem tempo hábil para reconsiderar suas escolhas.
Para muitos, seria mais justo e honesto que o próprio candidato admitisse sua condição e se retirasse da disputa, permitindo que o eleitorado focasse em opções viáveis e plenamente qualificadas. Transparência e respeito ao eleitor são fundamentais para a manutenção de uma democracia saudável, e posturas como essa comprometem a confiança do público nas instituições e no processo eleitoral.
A Justiça Eleitoral já se posicionou, e agora cabe ao eleitorado e aos próprios candidatos preservarem a integridade do processo, garantindo que o direito de voto seja exercido de maneira consciente e informada.