25 de janeiro de 2025

30 de janeiro de 2024

Cairu: Arthur Wense é um caso de polícia ou de política?

 

Um leitor enviou denúncia de que o vereador de Cairu, Arthur Wense, pediu escolta policial para andar pelas ruas.

Segundo o informante, a conversa que está nas ruas do Morro é que ele está se “gabando” porque vai as sessões da Câmara de Vereadores acompanhado de dois policiais militares.

“E esse circo montado pelo vereador Arthur, hein? Ele agora exigiu escolta da polícia militar depois de alegar que sofreu ameaças. Com o pouco efetivo que a PM de Cairu tem, ele se acha privilegiado por ser vereador e vai retirar dois policiais das ruas para ficar acompanhando ele para as sessões da Câmara. Ao invés de se preocupar com a segurança pública do município, resolveu pedir segurança para ele próprio. Uma atitude mesquinha, egoísta, desnecessária e absurda (…)”, disse.

Há cerca de 1 mês, Artur Wense enviou alguns áudios que foram vazados e espalhados por grupos de aplicativos de mensagens. Esse episódio ficou conhecido em toda a região e a voz do vereador aparecia nitidamente xingando o prefeito e todos que fazem parte da gestão municipal de Cairu.

O prefeito Hildécio Meireles chegou a publicar um vídeo em suas redes sociais lamentando o fato.

Pelo ocorrido, a Câmara Municipal publicou uma nota de repúdio assinado por 8 dos 11 parlamentares.

Logo depois o vereador pediu desculpas, mas disse que estava numa conversa privada que não deveria ter sido divulgada. Ele também justificou que “acabou perdendo a compostura e revidou”.

De lá pra cá, Arthur começou a reforçar que foi “ameaçado de morte” e que a sua família “se sente amedrontada”, chegando a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia apresentando um print das supostas mensagens.

O leitor que entrou em contato com o nosso site informou que o vereador diz que as mensagens vieram de um remetente conhecido e que a pessoa teria ligação com pessoas da gestão, pois o número do telefone estava registrado.

Aparentemente, se trata de um contato internacional, mas cadastrado na operadora com CPF brasileiro.

“Ele quer se aparecer! Inventou que foi ameaçado e prestou queixa com um print de mensagens de WhatsApp enviadas por um número de um chip registrado em nome de uma pessoa conhecida.
Ele acusa essa pessoa de ser ligado ao prefeito, mas ninguém iria ameaçar alguém através de um chip registrado. Seria muita burrice! A pessoa que ele diz ter enviado as mensagens tem um outro número de contato conhecido por todos”, continua o leitor.

Ainda sobre as “provas” apresentadas por Arthur, o leitor acredita que ele criou essa história para passar de algoz à vítima e minimizar os efetivos negativos dos áudios viralizados. Na opinião do leitor, Arthur estava sob efeito de álcool, agiu com falta de decoro e quando viu que “pegou mal” para a sua imagem, inventou tudo.

O que acho é que ele mesmo comprou o chip, pegou o número do CPF na internet, cadastrou no nome dessa pessoa e inventou essa história para abafar as ameaças e xingamentos que ele fez a TODOS OS SERVIDORES DA ATUAL GESTÃO DE CAIRU em áudios gravados enquanto estava bêbado.

Na semana passada, Wense foi a Salvador com seus advogados e divulgou que foi “convidado” pela Secretaria de Segurança Pública do Estado para tratar da “perseguição política que vem sofrendo”.

Entretanto, o leitor que pediu o espaço no site pensa diferente e culpa o próprio vereador de estar interpretando um papel para abafar o caso dos áudios. “De vereador a ator”, acusa o homem que pediu para não ser identificado.

Ele não revelou quem é a pessoa que Arthur acusa de tê-lo ameaçado.

“Artur está queimado porque encheu a cara e gravou áudios com aquela baixaria toda escolhambando e xingando não só o prefeito mas TODOS OS FUNCIONÁRIOS DA GESTÃO ATUAL DE CAIRU. Até as pessoas que são ligadas a ele ficaram com vergonha. Ele agora quer reverter a situação se fazendo de vítima e inventando histórias de ameaças. O próximo capítulo é andar nas ruas de Cairu com policiais para chegar e sair da Câmara de Vereadores. De vereador a ator sem talento nenhum pq não consegue convencer ninguém”, completou.

De acordo com a legislação, para quem realiza um boletim de ocorrência falso, no caso de denunciação caluniosa, a pena é de reclusão, de dois a oito anos, e multa. Para a comunicação falsa de crime ou contravenção, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou multa.

Caso as acusações do vereador sejam provadas, ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico de causar-lhe mal injusto e grave: Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Pauta enviada por leitor da Ilha de Tinharé, em Cairu-Bahia, para o Tribuna Aberta: espaço em que os leitores podem sugerir pautas e fazer denúncias.

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