12 de setembro de 2024

30 de janeiro de 2024

Bertolino Júnior é o novo presidente da Câmara Municipal de Valença

Por 8 X 7, o vereador comandará o parlamento valenciano no próximo biênio.

 

A Câmara Municipal de Valença realizou nesta terça-feira (13), o encerramento das atividades legislativas de 2022 com a última sessão ordinária, sendo eleita a nova mesa diretora, formada por presidente, vice-presidente e secretário para a Legislatura 2023/2024.

Três chapas protocolaram candidatos à mesa diretora:

 Chapa 1

Presidente: Luiz Andrade
Vice-presidente: Clóvis Júnior
Secretário: Helton Brandão

Chapa 2

Presidente: Bertolino Júnior
Vice-presidente: Cássio Pereira
Secretário: Valdir Silvestre

Chapa 3

Presidente: Antônio Heraldo
Vice-presidente: Cristiano Barbosa
Secretário: Reginaldo Araújo

A população acompanhou a sessão através de transmissão ao vivo pelo canal da Câmara Municipal de Valença no YouTube, página da Câmara no Facebook e pela Rádio Clube de Valença (650 AM).

O novo presidente eleito para o próximo biênio é o vereador de primeiro mandato Bertolino de Jesus Júnior (PP). Ele teve 8 votos e venceu a disputa com o vereador Luiz Carlos Muniz de Andrade (PMB). Além do novo comandante da Casa Legislativa, a maioria dos vereadores escolheu Cássio Pereira (PSB) como vice-presidente e Valdir Silvestre (PCdoB) como secretário.

Os vereadores Benedito Silva, Clóvis Júnior, Diro Oiticica, Fabrício Lemos, Helton Brandão, Isaías Nascto e Luiz Muniz computaram seus votos à chapa 1.

Os vereadores Antônio Heraldo, Bemvindo Luz, Cássio Pereira, Cristiano Barbosa, Reginaldo Araújo, Ryan Costa, Valdir Silvestre e Bertolino Júnior votaram na chapa 2, perfazendo a maioria dos 15 edis.

A terceira chapa a protocolar a candidatura, retirou-se da eleição no início da sessão. Capitaneada pelo veterano vereador Antônio Heraldo, o Lelo (PL), e ainda composta pelo candidato a vice-presidente, o vereador Cristiano Barbosa (do táxi) e o pretenso secretário Reginaldo Araújo, (este último que é o atual líder do Governo Jairo Baptista na Câmara), os três votaram na Chapa 2.

Agora saindo da notícia e entrando nas análises, vamos pontuar alguns fatos, no mínimo, interessantes.

Ninguém entendeu o aparecimento de 3 chapas, quando se esperavam apenas 2. Talvez Lelo tenha, no primeiro momento, contado com algum empate que poderia ser decidido pelo candidato mais velho. Após os diálogos entre os edis, se convergiu duas chapas em uma, ficando as duas concorrentes previstas antes.

Com a separação das duas chapas, poderia ser uma disputa pessoal entre Lelo e Luiz, já que os dois disputam a mesma base eleitoral, no Distrito de Serra Grande? Lembrando que Luiz e Hilarino Barreto, o Lau (filho de Lelo, que estava, inclusive, presente na sessão), já tiveram suas farpas no passado, exatamente na primeira eleição a vereador que Luiz disputou e ganhou e exatamente na mesma eleição em que Lelo perdeu.

O curioso é que Lelo e Ryan Costa,  notoriamente, fazem parte do grupo de oposição ao gestor de Valença, que provavelmente disputará o Palácio dos Mármores nas próximas eleições municipais, mas se uniram com cabeças que integram a situação. Já Bertolino Júnior, é filho do chefe de Gabinete do prefeito (o ex presidente da Câmara Bertolino de Jesus), mas obteve apoio do sogro da ex prefeita Jucélia, que se coloca como candidata no pleito de 2024 e também do filho do Deputado Federal Raimundo Costa (Podemos), que também é contrário à gestão atual. No cenário, ainda é Bertolino que preside a Câmara e não a oposição, mas ele conseguiu unir os dois lados.

Na eleição, pessoas ligadas a ex prefeita lotaram o plenário da Câmara, inclusive ela mesma esteve presente. Com o resultado, o grupo de Jucélia comemorou muito a vitória, podendo ser esse um primeiro passo que demonstra uma recomposição das lideranças políticas em Valença.

Essa rede de articulações e aproximações começou já na eleição de 2022, quando Bertolino Júnior, ligado ao prefeito Jairo e considerado vereador de situação, membro de sua base de sustentação no legislativo, apoiou Raimundo para Federal e não Cláudio Cajado, que era a opção do prefeito. A postura de independência fez com que se formasse um bloco misturado entre vereadores moderados (aqueles que não criticam muito o prefeito), o líder do Governo Jairo, que argumenta a favor das pautas enviadas pelo executivo e defende a gestão e também o bloco de oposição mais declarada e ferrenha.

É a política de Valença se costurando, desde já, para rompimentos e alianças bastante imprevisíveis, que prometem mexer no tabuleiro eleioral rumo ao Palácio Rui Vinhas.

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