27 de abril de 2025

30 de janeiro de 2024

Preços de passagens marítimas são tema de reclamação de deputado

A Agerba calcula o reajuste tendo como base a correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a mudança no preço do combustível.

 

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) usou a tribunal da Alba para reclamar dos preços das passagens de Valença para Boipeba.

Em seu breve discurso, ele deixou claro que foi incentivado pelos vereadores petistas Bruno Coutinho e Paulinho do Galeão, que o procuraram para levar a pauta e deram iinformações erradas ao deputado, dando a entender que existe somente um empresário ou uma empresa operando todo o transporte marítimo na região, o que não é verdade. São vários os donos de lanchas e barcos que detém diversas linhas, todos vinculados à Associação de Transporte Marítimo – Astram.

Foto: Bruno e Paulinho, que são do PT, 
no lançamento da candidatura de ACM Neto, 
ao lado do prefeito Hildécio Meireles
(União Brasil) e comitiva. 

 

Robinson cita o aumento das passagens das linhas marítimas que saem de Valença para as ilhas de Cairu e disse que acionará a Agerba, que regulamenta os preços na Bahia. Realmente, a Agerba define preços e formas de cobrança e é o órgão que responde por isso, inclusive é quem licita as linhas e define critérios para que empresas ou pessoas físicas concorram e vençam para operar, num certame público, ao que ele chamou de “monopólio”. Na verdade, as licitações realizadas pela Agerba definem linhas exclusivas ou não em horários e roteiros sendo que qualquer um que se habilite, tenha a documentação exigida, esteja apto e atenda devidamente aos critérios pode participar e ganhar.

A Astram, que abrange as linhas citadas, não se manifestou em suas redes sociais sobre os últimas mudanças na tabela dos preços. Não divulgou aviso à população, como fez em 2021, quando deu publicidade aos reajustes e informou que se tratava do aumento dos custos, principalmente dos combustíveis.

Ninguém está satisfeito com os preços dos serviços e produtos, mas, em ano político, vale pedir explicações a quem de direito sobre o assunto para receber uma nota sobre o óbvio: a alta da gasolina e diesel (mais de 32% nos últimos 12 meses) incide nos valores cobrados ao consumidor.

As tarifas do pedágio nas BRs também sofreram rejustes. De acordo com a Via Bahia, concessionária de rodovias do estado, a cobrança para automóveis passou de R$ 4,30 para R$ 5,10 na BR-116 e de R$ 2,40 para R$ 2,90 na BR-324, por exemplo.

Para que os valores não cheguem mais altos à população ou que parte dela receba gratuidade ou descontos, a gestão pública pode entrar com um subsídio aos operadores de terminais ou donos de linhas terrestres ou marítimas.

Em Salvador, Bruno Reis disse que as passagens de ônibus, se o Governo Federal não entrar com contrapartida financeira para conter a alta, também vão aumentar. “Se nós recebermos esse subsídio [do governo], não darei reajuste esse ano. Se não receber o suficiente, é inevitável, ainda mais diante do aumento de mais de 30% do diesel, nesses últimos dias. É inevitável não ter o reajuste” , argumentou o prefeito de Salvador.

No final do ano passado, o sistema Ferry Boat, que opera a travessia Salvador x Itaparica, também passou a cobrar mais caro aos usuários, também incentivada pela subida de preços dos combustíveis.

Na época, o prefeito de Cairu, Hildécio Meireles, declarou achar justo os reajustes nos preços das pasaagens do Ferry Boat, mas reclamou dos serviços prestados pela Internacional Travessias.

“O maior problema do sistema ferry-boat não está na tarifa, que até acho justo o reajuste, porém, o serviço é horrível”, disparou o prefeito de Cairu, durante entrevista ao site Toda Bahia.

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