OMS aprova uso emergencial da Coronavac
Vacina é a sexta no mundo a receber aprovação de uso emergencial da OMS. As outras são a Pfizer, Oxford/Astrazeneca, Johnson, Moderna e Sinopharm. Experiência em Serrana-SP tirou a cidade do colapso após estudo do Instituto Butantan que aplicou a vacina em quase todos os habitantes, o que mostra a efetividade do imunizante contra o coronavírus, segundo os cientistas.
A Organização Mundial de Saúde autorizou nesta terça-feira, 1° de junho, o uso emergencial da vacina desenvolvida pelo Laboratório Sinovac. Segundo a OMS, ela “atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e de fabricação”.
Amplamente utilizada no Brasil, com a produção do Instituto Butantan, a Coronavac passará a ser comprada pelo consórcio mundial de imunizantes para distribuição em escala global.
A vacina contra a Covid é recomendada para adultos de 18 anos ou mais, com duas doses num intervalo de de 2 a 4 semanas.
Em experiência realizada na cidade paulista de Serrana, aonde quase toda a população foi vacinada com a Coronavac, os resultados foram de 86% de redução das hospitalizações e de 80% de redução em casos sintomáticos. O estudo chamado de “Projeto S”, iniciado em fevereiro desse ano, considerou que lá a pandemia está controlada com a imunização de 95,7% dos moradores. De acordo com os cientistas que monitoraram a pesquisa, o sucesso se deu após 75% dos 45 mil habitantes da cidade de Serrana terem recebido a segunda dose.
A Coronavac foi a primeira vacina a ser usada no Brasil e hoje corresponde a cerca de 60% das doses distribuídas no país. Além da vacina produzida em São Paulo, a Oxford/Astrazeneca e a Pfizer são as outras aplicadas na população brasileira até o momento pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
Isso nos traz esperança e alegria. Temos que aumentar a escala de vacinação. Podemos sonhar com o controle da pandemia. Mas as pessoas devem parar de pensar na pandemia como um problema individual. É a comunidade que vai me proteger; é a somatória da minha vacinação com a vacinação do outro. Ricardo Palácios – diretor de Pesquisa Clínica do Instituto Butantan.