Ministro Paulo Guedes anuncia programa capacitação e inclusão profissional de jovens
A equipe econômica ainda busca recursos orçamentários para lançamento do programa, que criará o BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e o BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação) e pretende treinar jovens e inclui-los no sistema produtivo pagando um valor de incentivo de R$ 600. O projeto prevê que metade da quantia será arcada por empresas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou hoje (26) que o governo federal deve lançar um novo programa de incentivo à qualificação profissional para jovens brasileiros.
Segundo informou o ministro, com o objetivo de preparar a mão de obra para o mercado de trabalho, jovens receberão de ajuda de custo de R$ 600 para trabalhar.
O incentivo prevê que jovens conquistem uma profissão participando de cursos gratuitos em parceria com a iniciativa privada, em que metade do valor será bancada pelo governo federal e a outra metade por empresas interessadas, que também empregarão os beneficiários.
O projeto de inclusão trabalhista deverá permitir o pagamento do bônus por um ano, de acordo com Guedes.
“Estamos lançando um olhar justamente para evitar o que, no mercado de trabalho, se chama de Efeito Cicatriz”, disse o ministro, usando um termo utilizado quando alguém ingressa no primeiro emprego sem a devida preparação, sendo considerado um início precário da vida profissional.
“A ideia básica é que o governo pague R$ 300 e as empresas mais R$ 300. Ou seja, as empresas pagarão para treinar [os jovens], que serão qualificadas para desempenhar o que, depois, serão seus empregos. Temos os recursos para este ano, mas queremos que seja um contrato de [trabalho de] pelo menos um ano. Então, em vez de lançar um contrato de seis meses [só até o fim deste ano], estamos tentando obter fontes [de recursos financeiros] para que o jovem fique coberto por este programa de treinamento no trabalho por pelo menos um ano”, explicou Guedes.
O chamado Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Bônus de Incentivo à Qualificação da Mão de Obra (BIQ) contemplarão aqueles que não são beneficiados pelo Programa Bolsa Família nem pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O programa ainda não tem previsão para iniciar. Segundo o ministro, “será em breve”.
“Você vai ser treinado para desempenhar um papel que depois será o seu emprego. Queremos que seja um contrato de um ano. Temos recursos para esse ano”, garantiu.
As declarações foram dadas para a Agência Brasil.