Enfermeiros nas mãos dos políticos
Data em que se comemora o dia do Enfermeiro é marcada por luta e protesto. A maior categoria de Saúde do país clama por ser ouvida. São 2,4 milhões de profissionais no Brasil aguardando a aprovação do PL 2.564/2020, que estabelece parâmetros mínimos de remuneração, com fixação de piso salarial, carga horária de trabalho, na busca desencorajar jornadas excessivas e melhorar a qualidade da assistência.
Hoje, no dia do enfermeiro e da enfermeira, um grupo de profissionais fez um protesto no Farol da Barra, em Salvador, para chamar atenção às reivindicações da categoria que reclama da incompatibilidade dos proventos oferecidos com as responsabilidades na atuação.
O sindicato trabalharia Sindprev Bahia publicou:
“Neste 12 de maio, data em que se comemora o dia da Enfermagem, é mais um dia de luta em busca dos direitos destes profissionais tão importantes para a sociedade. O Sindprev Bahia marcou presença na mobilização que ocorreu no Farol da Barra nesta quarta-feira (12) reivindicando melhores condições de trabalho, carga horária de 30 horas e piso salarial”.
https://www.instagram.com/p/COxsLQTplfJ/?igshid=1jzjyvwuteipw
O Coren também publicou uma postagem alusiva à data, lembrando da luta dos profissionais por remuneração justa, divulgando o movimento “Valorize a Enfermagem”:
https://www.instagram.com/p/COxsaKjljMp/?igshid=hfia5rvi4cjn
https://www.valorizeaenfermagem.com.br
Na segunda-feira, 10 de maio, aconteceu uma reunião virtual entre senadores e presidentes dos conselhos de enfermagem para debater o Projeto de Lei nº 2.564/2020, que cria o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além de parteiras da rede pública e privada.
A classe, que é uma das maiores forças de trabalho na linha de frente do combate à Covid-19, vem colocando em pauta o PL que prevê um piso salarial de R$ 7.315,00 para enfermeiros pela jornada de 30 horas semanais, com acredacréscimo das horas-extras quando exceder. Para os técnicos, auxiliares de Enfermagem e parteiras, o piso salarial estabelecido é, respectivamente, de 70% (R$ 5.120,50) e 50% deste valor (R$ 3.657,50).
A expectativa é que os políticos, que decidem as questões levantadas pela Enfermagem, valorizem e reconheçam aqueles que salvam vidas todos os dias, colocando a sua em risco.
Após 1 ano de pandemia, com várias vidas desses trabalhadores perdidas, e carregando o fardo da batalha da linha de frente na maior crise de Saúde pública da história mundial, a Enfermagem brasileira aguarda a promessa de Senadores de dialogar com o Presidente da República, com o Ministério da Economia e com prefeitos em defesa do projeto.
Fotos: divulgação Sindprev Bahia